sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Os Humanos e Os Limites



Assista este vídeo - ele é o a ponta do Iceberg do que pode vir a acontecer caso não mudemos nossa conduta perante inúmeras situações. A tecnologia vai mais rápido do que a mente humana pode pensar e nós estamos vivendo no maldito futuro que falavam para nós na escola. 
Não um futuro como pensávamos, onde a cura para o câncer estaria nas nossas mãos, a vacina para AIDS liberada, o trabalho braçal tomado por máquinas para que seres humanos pudessem pensar livremente caso assim escolhessem. Estamos vivendo um futuro onde a tecnologia pode tomar nosso lugar ou, até mesmo, nos destruir. Perante a nossa conduta capitalista, preguiçosa, individualista, estamos a beira de mais futuros desastres e crises. 
Eu definitivamente não sou a favor do capitalismo - e muito menos do socialismo, apenas muita ingenuidade poderia levar a acreditar que os governantes de um sistema socialista não teriam centralizado todas as riquezas em suas mãos (vide os exemplos desastrosos de Cuba e Coréia do Norte). Tampouco concordo com o Anarquismo ou qualquer sistema político criado pelo homem até agora. Todos estes sistemas pensaram sempre onde colocar o poder antes de onde colocariam as pessoas e não é esta a metodologia mais inteligente para construir um sistema onde as pessoas vão viver, planejando antes com quem fica o poder que como ficam as pessoas.
Não passamos de preguiçosos! Preguiçosos para pensar em algo melhor, preguiçosos para ponderar todos os lados de um raciocínio crítico, preguiçosos para deixar nossas ruas e casas perfeitamente limpas, preguiçosos para colocar tudo em sua devida ordem. Isso nos leva a não ter disciplina. E a falta de disciplina leva a ignorância- o conhecimento não pode vir quando não é colocado ordem ao caos. Nossas nações mais desenvolvidas possuem disciplina - embora tenham falta, bem como maior parte dos governantes de outras nações, de sabedoria por que o PENSAMENTO não é bem controlado. A nossa filosofia é bela e por vezes, até dura demais - porém muito atrasada nos aspectos que envolvem o profundo do espírito humano. E sem este entendimento, a disciplina não passa de uma conduta protocolada, e toda conduta protocolada é burra por que não tem raciocínio no meio para o caso das adversidades, para aquilo que não foi feita para atender e solucionar.
E somos individualistas. E todos sabem disso, não preciso discorrer o quanto o somos. Um ato sincero de caridade e bondade arrancam lágrimas por que eles são raros. Tenho a pessoal opinião de que não é isso que nós somos, que estamos vendo atras de um véu. E que se soubéssemos toda a verdade, jamais seríamos tão cruéis e distantes uns com os outros como somos. Não viveríamos tão sozinhos como vivemos. Não contaríamos a nós mesmos a ilusão de que "estamos sozinhos" - uma das mentiras que contamos para nós mesmos para justificar nossa desconexão uns com os outros. E isto gera desespero - por que o cerne do desespero é a falta de conexão. O nosso laço é ralo (e ao mesmo tempo, tão precioso) e feito apenas em escalas biológicas, um laço medido e moldado pelos nossos instintos e interesses. Este tipo de relação é superficial e há muito que ser trabalhado no que há de mais profundo em nós por que, se analisarmos bem, somos mais comandados pelo instinto do que pela razão. As pessoas com quem andamos, os relacionamentos - peço que liste todos e faça, também, uma lista de suas prioridades (aquilo que você não pode viver sem, psicologicamente) e que seja brutalmente honesto consigo. E verá o quanto somos dominados pela personalidade e não pela nossa essência. São as barreiras que nos delimitam, como correntes. São provações, estes limites, que nós temos que ultrapassar para sermos o que realmente somos - nossos medos, os preconceitos, as crenças arraigadas mais fundo na nossa mente. Tudo isso tem que ser deixado para trás para que, em nosso último suspiro na Terra, dentre todas as lições que aprendemos, tenhamos o prazer de saber quem somos. E não há segurança ou libertação maior que esta certeza. 

Quando colocamos isso em uma visão macro - vendo não apenas os detalhes da nossa vida uma dia após o outro, mas colocando nossos anos espalhados de maneira ordenada, como em uma tapeçaria, acabamos por nos perguntar "Quem é a pessoa que viveu essa vida? Esse é realmente o que sou?".
E você, se sua vida fosse organizada em uma tapeçaria, ele representaria bem "o que e quem você é?"

2 comentários:

  1. Muito bom artigo, às vezes precisamos acordar de nossa realidade acomodada, é verdade as pessoas se acostumam com as tecnologias e viram objetos e não pessoas. É claro que precisamos de conhecimento e devemos buscar nos amigos ou nas pessoas e a busca nos mostra que o mundo não é tecnologia, mas é feito de gente.

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  2. Muito bom artigo, às vezes precisamos acordar de nossa realidade acomodada, é verdade as pessoas se acostumam com as tecnologias e viram objetos e não pessoas. É claro que precisamos de conhecimento e devemos buscar nos amigos ou nas pessoas e a busca nos mostra que o mundo não é tecnologia, mas é feito de gente.

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